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Microempreendedorismo em Portugal: experiências e perspectivas José Portela (CETRAD), Pedro Hespanha (CES), Cláudia Nogueira (CES), Mário Sérgio Teixeira (CETRAD) e Alberto Baptista (CETRAD) |
Esta obra é sobre o microempreendedorismo. É, sem dúvida, um termo composto e longo, difícil de dizer. Embora ele se enrole na boca do falante comum, a noção está agora em voga em círculos académicos e políticos. Em qualquer caso, como se verá ao longo de toda a obra, em particular no Capítulo 2, trata-se dum conceito plural e complexo. Em Portugal cresce tanto a variedade como a complicação.
Nas duas últimas décadas tem sido dado grande relevo às problemáticas da criação do auto-emprego e do empreendedorismo. A popularidade de que se reveste este conceito, dado a controvérsia, não é propriamente infundada. Resulta em larga medida, do reconhecimento crescente, designadamente por parte das políticas públicas, do contributo muito significativo das pequenas e microempresas para três eixos motores da sociedade actual: o emprego, a vitalidade da economia e o crescimento económico. A criação daquelas unidades do tecido empresarial passa a ser encarada, cada vez mais, como uma modalidade de activação da mão- -de-obra desempregada e uma forma de redução da dependência dos sistemas de protecção social pública. O que não é coisa de somenos, reconheça-se desde já.